sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Lições de sábado 165

É evidente que tudo que faço é para o bem. Em nenhum momento me encontrarão conspirando contra alguém como espero que assim não façam contra mim. Mas se por algum desespero de causa alguém assim fizer saiba o risco que corre de ter toda essa energia voltada contra si mesmo, não por minha ação, mas porque toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade em sentido contrário sem que eu nada precise fazer nem pensar. O que desejamos aos outros imprimimos para nós mesmos uma cópia, ou melhor, é como um fax, mandamos a cópia, mas guardamos o original. Amar seus inimigos tem a ver com isso. Não porque queiramos inimigos, mas temos de saber dispersa-los. Muita inveja e muita uruca os males das pessoas são. Luz. Muita luz para quem falta ver melhor.

28/11/20014 - 21h00


domingo, 23 de novembro de 2014

Lições de sábado 164

Para que servem as estações? Paradas, retomadas obrigatórias, em que as mudanças podem ser notadas, não só uma data no calendário. Celebramos esses momentos, começando, reiniciando o que havíamos interrompido. Comemoramos o novo, sem saber como será. E reunimos os símbolos que tragam boa fortuna. Não só um gesto, mas o significado do gesto. Não só uma guirlanda, mas o que está por trás desse símbolo, para que renove, em nós, o que desejamos de bom.

24/11/2014 - 5h48


Lições de sábado 163

Às vezes nos preparamos a vida inteira para uma missão, para um único amor que não sabemos qual é, mas ao descobri-lo entendemos que tudo que fizemos nos moldou e nos trouxe até ali, àquele destino, àquela pessoa.


19/11/2014 - 4h06




sábado, 15 de novembro de 2014

Lições de sábado 162

Este ano acaba em novembro. Ele foi longo demais, tedioso demais, arrastado demais, cheio de surpresas e desvios, erros e correções de trajetória. Muitas coisas deram certo. Outras nem tanto. E o que deu errado, tivemos de nos resignar. Não se conserta o que se partiu. Não se refaz o que se desfez, não se recobra o que se perdeu. O que foi perdido, perdido está. Nada poderia ter sido diferente. Mas o que deu certo, continua e essa é a nossa única salvação. Os atos se dividem em certo e errado, bons e maus, porém, no bem, há sempre algum mal que medra. Nos acertos, alguns erros são aceitos. E no que foi ruim, tentamos ver algo de bom. Este ano acaba em novembro. Não dá mais para aguentar perdas, gastos, desgastes e decepções. Contemos só as coisas boas. As que permanecem. O que passou é fruto caído da árvore em outro terreno. Por isso antecipei o fim para que só conte o que foi bom até aqui. O que não é, precisa ser desfeito. De algum modo, antes do fim.
15/11/2014 - 15h17


sábado, 8 de novembro de 2014

Lições de sábado 161

O mês que passou trouxe grandes mudanças. Em trinta dias, a vida se reconstruiu. O estado iminente de coisas precipitou-se e o que era indefinido, definiu-se. As máscaras caíram todas ao chão. E o indizível ficou suspenso entre a ordem e a ofensa. Quem passou incólume por tamanha cizânia? Acusam-nos do que não fizemos, não compreendem nossos atos, e tomam decisões à revelia. A verdade custa a aparecer, mas quando surge, traz uma feiura consigo. Os rostos não são mais os que conhecemos. São estranhos os que costumávamos chamar de família. E, sem explicações, passamos uma borracha naquilo que ficou pendente, porque todas as dívidas foram pagas ou criaram-se outras. Não compreendemos a falta de amor semeada dia a dia em nossa vida. Em vez de compaixão, vingança. São os elos partidos daquilo que nos foi dado de graça. Trajetória corrigida, só nos resta seguir, pois nada mais nos prende ao que passou.

8/11/2014 - 22h37