Há um aprendizado na dor, na separação e na ausência que não se repete na completude. Quando nos sentimos completos, não buscamos nada senão exultar o que temos. A alegria é nossa missão, mas só nos preparamos para ela quando estamos tristes, pois a lembrança da felicidade faz com que a busquemos. Na falta, no vazio, pensamos no que não há, e o que devemos fazer para reavê-lo, ou conquistar outro, seja qual for. Vivemos de busca em busca, e as pequenas ou grandes realizações ou júbilos são os intervalos de nossa caminhada. Neles acontecem os encontros com outros que também buscam, e as pausas nos revelam que não estamos sozinhos, por mais solitários que sejamos. Só chegamos a algum lugar por necessidade de descobrir o que nos falta, mesmo que já tenhamos tudo.
Sábado, 16/02/2013 - 11h15