Hoje, último
fim de semana do ano ensolarado no Rio de Janeiro, queria que o tempo
passasse mais devagar para aproveitá-lo bem. As tardes, que são lindas,
poderiam durar um pouco mais, e o tempo seria mais gentil com o
que temos de fazer. Por mais que se façam coisas, nunca fazemos todas, e
há algumas que parecem que não andam. Arrumamos o que tem que ser feito
com o que se fará, e sabemos o que descartamos, pois nunca poderemos
fazê-lo. Há perdas e profundas separações, e saudades e atrasos, em que
olhamos para nossa própria vida como se fosse de outro. O que traria
comigo que é meu? De fato, isso já está aqui. E o resto deixamos pelo
caminho. E estar aqui a falar sobre isso me acalenta e não me deixa
entristecer. Porque dentro de nossa finitude, há uma sensação de
infinito que não cessa.
28/12/2013 - 9h59
28/12/2013 - 9h59