quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Lições de sábado 107

O ano novo antecipou-se. Como todo mundo sabe que depois do Natal vem o Ano Novo, já começaram a comemorar o réveillon, que é o que interessa. O Natal vem como entreato, após o Dia de Ação de Graças, que entra como preâmbulo para o Natal. Não desfazendo da importância do nascimento de Cristo, mas como sabemos que é pró-forma, ninguém se atém aos detalhes. Fazemos do Natal uma antecipação para o Ano Novo, porque todo mundo está de olho no que virá, não no que passou. Assim soltam fogos, comemoram do mesmo jeito como se fossem embarcar num transatlântico. Aliás, a ideia de juntar o Ano Novo com o Natal foi do Papa Gregório XIII, em 1582, quando ele inventou o calendário que usamos até hoje. Além de tirar dez dias do ano e redatar tudo que aconteceu antes, passou o Ano Novo para uma semana depois do Natal, que já era comemorado em 25 de dezembro desde o século IV (o ano novo anteriormente era comemorado em 1o. de abril), passando a comemorá-lo em 1o. de janeiro, dia de São Basílio, que também distribuía presentes, como São Nicolau (que virou Papai Noel), comemorado em 6 de dezembro. O que importa hoje é o sincretismo de uma data que era celta e depois virou cristã, carregando a árvore de Natal (um símbolo celta) com o nascimento de Cristo (antecipado) e o réveillon para fazer logo duas festas de uma vez. Espertinho esse papa. A propósito, ele se achava dono do mundo. O calendário gregoriano (o nosso) leva o nome dele. Fogos de artifício no Brasil é para festa de São João, em junho, mas já que estamos comemorando, vamos celebrar do jeito que a gente sabe, soltando fogos. Feliz Natal!

25/12/2013 - 18h21


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