Dia de Natal parece sábado. Um sábado que é a
preparação para o domingo, que é o Dia do Senhor, como na liturgia
católica. Domini Dei. Por isso Vinicius disse que "há perspectiva de
domingo, porque hoje é sábado", mas se
não é sábado e sim véspera de Natal, outras histórias vêm à mente como a
do "Conto de Natal", de Dickens, em que Mr. Scrooge não gosta de gastar
nem uma tora de lenha a mais para aquecer seu fiel empregado. E passa a
noite de Natal tendo visões dos Natais passados, presentes e futuros.
Em que Natal fomos felizes? Que Natal gostaríamos de ter? Que Natais
teremos no futuro? A noite de Natal serve como reflexão, mesmo que não
se acredite em todos os seus símbolos, de tão misturados que já foram em
2.000 anos de história. A celebração pelo retorno da primavera já era
conhecido entre os celtas. O solstício de inverno para eles representava
isso, mas não existíamos nessa época. Aqui o solstício de verão tem
outra representação. Por isso Papai Noel barbudo com seu trenó puxado
por renas não se encaixa em nosso país tropical. Mas os símbolos falam
por si só, mesmo que sejam múltiplas as explicações. É fim de ano e por
isso já temos muito que comemorar. Agradecemos pelo novo Papa, o Homem
do Ano, que unificou todas as religiões num só pensamento de paz.
Agradecemos por Mandela que ensinou o mundo a ser igual. Agradecemos
pelas nações buscarem um pouco mais de união e cordialidade. Civilidade
deve ser ensinada. Nascemos brutos, como diamantes não lapidados. É
preciso aprender a ser humano, isso se ensina, isso se aprende. Feliz
Natal a todos, aos de perto e aos de longe. Que todos os símbolos nos sirvam como guia para redescobrirmos a noite de Natal.
24/12/2013 - 12h55
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