terça-feira, 26 de agosto de 2014

Lições de sábado 148

Incrível como o fim de um processo sempre inicia outro, o fim de um livro faz que comecemos outro, o fim de um relacionamento traz outro mesmo que não procuremos por eles. Só as amizades não precisam acabar para que comecemos outras. Uma amizade sempre puxa outra.

26/08/2014 - 12h29


sábado, 16 de agosto de 2014

Lições de sábado 147

Robin Williams não tinha a menor ideia de como o amavam através de seus personagens. Sempre um deles me volta à mente, seja dançando em cima da mesa na festa de aniversário de seu filho em "Uma babá quase perfeita", seja gritando "Good morning, Vietnam" no microfone para os soldados naquela que foi a guerra de todas as guerras para os americanos, seja em Peter Pan, já crescido, lembrando-se de quando vivia na Terra do Nunca.

Há uma corda que é tocada a cada filme que vemos, e com Robin Williams não foi diferente. O professor de literatura John Keating, em "Sociedade dos poetas mortos", que imita Marlon Brando dizendo a fala da peça de Shakespeare: "Friends, romans, countrymen, lend me your ears!", ou instigando o aluno (o fantástico Ethan Hawke vivendo Todd Anderson) a dizer um texto de improviso. Mas não havia como ele saber disso. Quando alguém entra em rota de colisão, não dá para segurar.

Williams deveria ter aprendido com meu amigo Patch Adams como curar a alma, ou com o psiquiatra Sean Maguire, que trata o "Gênio indomável", vivido por Matt Damon, ou o médico Malcolm Sayer, em “Awakenings” (“Tempo de despertar”), que acredita em um tratamento para Leonard Lowe (vivido por Robert De Niro) para alienação, usando uma medicação que devolve a consciência a todos os pacientes do asilo e fazendo com que se comportem normalmente por algum tempo.

Robin não sabia quanto era amado. Acho que foi isso que faltou dizer a ele antes de escolher o caminho extremo. Sempre me lembrarei dele em seus personagens principais ou secundários (“Voltar a morrer”, “O pescador de ilusões”, “A gaiola das loucas”, “Amor além da vida”, “Uma noite no museu” 1, 2 e 3), em que conseguia colocar toda vez uma dose a mais de genialidade e alegria, mesmo que fosse somente com a voz, como o Gênio da Lâmpada em “Alladin”.  

16/08/2014 - 14h41





segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lições de sábado 146

Existe um lugar chamado poesia onde nunca é ontem ou amanhã. É um contínuo murmurar e uma presença sempre ao alcance dos ouvidos. Um bem-estar não importa se chova ou não chova ou se o sol for inclemente. Guardamos uma parte de nós para estar lá, pois de lá tiramos o melhor que guardamos de nós.

11/08/2014


Lições de sábado 145


Nada mais fascinante que livros. Nem diamantes entretêm mais, porque não se olha para eles por tanto tempo. Mas é preciso lapidá-los da mesma forma para que existam. Quem lapida livros sabe o valor que têm. Maior que todos os diamantes. E como um deles é o material mais duro e resistente contra o desconhecimento. E brilha mais quando ilumina.

8/08/2014


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Lições de sábado 144


Khalil Gibran disse que o poeta nunca sabe quando escreverá seu próximo poema. Ele se sente vazio como uma casca largada, uma casca de noz sem recheio, um vácuo, um nada, um dejeto. Nunca sabe quando brotará nele novamente o poema. Quando será novamente habitado pelo sopro das musas. É apenas a pena que toca a tinta com que se escreve. Não é o papel nem o poema, nem a mão nem as palavras pois elas não lhe pertencem. O poeta escreve quando as palavras se movem por si sós e assim compõem o poema.


2/08/2014 - 18h56