Se nascemos nus e puros (assim imaginamos),
passamos a vida descartando excessos que nos impusemos, de
responsabilidades, de afazeres, de atribuições e principalmente as
indevidas, pois, ao nos vermos livres delas descobrimos que não precisávamos tê-las feito. Tanto tempo perdido com coisas inúteis, que só podemos entender que
todo esse desgaste só serviu para poder enfim descartar o que já estava
corrompido. Levamos tempo demais para agir porque não pensamos só
com o cérebro: pensamos com a alma, com o coração e com o instinto. A
lógica não soma tudo e resolve a equação. Não é simplesmente com um tapa
que nos livramos de infernos. É preciso decantação. E essa palavra
diz tudo. Decantar é reverter o canto que nos seduziu. E quando viramos
as costas sem olhar para trás, estamos realmente livres.
23/01/2013 - 1h14
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