O que vemos é um recorte do todo. Um detalhe, uma farpa, uma lâmina. O olho capta toda a luz do mundo, mas o olhar escolhe o que ver. Vemos aquilo que mais amamos com um olhar mais profundo, mas não nos detemos sobre o que nos parece raso. Negligenciamos, por vezes, o que não nos atrai e deixamos de descobrir algo. Talvez porque não saibamos ver. Ver é um aprendizado, como o tato e o paladar. Como saber ouvir. E como não podemos olhar em todas as direções e muitos sons nos confundem, escolher o que ver é um princípio de aprendizado. Por ele, pegamos um caminho. Ver entre coisas misturadas é decifrar um enigma escondido debaixo do nosso nariz.
8/06/2013 - 11h52
8/06/2013 - 11h52
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