Aprendemos tudo a duras penas. Primeiro a caminhar. Depois a falar. Em seguida, cada uma das coisas que nos faz ser quem somos. Ler, escrever, pintar, dançar, jogar, cantar, prestar atenção. Aprendemos tudo lentamente, aos poucos, como se fôssemos muito lerdos para entender, porque, na verdade, não sabemos o que estamos aprendendo. Aquilo que começa como um simples curso de inglês pode se tornar sua carreira como professor. E o amor à poesia pode levá-lo a se tornar editor. Nada se faz ao acaso, mesmo que não saibamos por quê. Vejo em tudo que faço o que aprendi pelo caminho. Nada se desperdiçou. Às vezes, o que fazemos sem querer passa a ter um papel primordial em nossas vidas e nos conduz aonde temos de ir. O amor ao estudo, à história, à literatura, ao trabalho, às línguas, me fez ser quem eu sou. E apesar de ter demorado 50 anos para construir uma obra, a melhor parte é que ela ainda não acabou. Continuamos a aprender como seguir em frente e a abrir novos caminhos.
18/01/2014 - 19h17
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