"Não era amor", ouvi mentalmente ao
atravessar a rua ontem em Botafogo. De repente, dei-me conta que não
precisava mais explicar as atitudes intempestivas de um ex, porque, na
verdade, não havia amor. Havia tudo, menos isso. Onde não
há amor, há disputas, rixas, discussões, confrontos, conflitos, ciúmes,
medos, ameaças. E só então entendi que não havia amor, senão nada teria
acontecido como aconteceu. Não teria havido traição e mentiras. Onde
não há amor, nada dá certo. Todas as desculpas servem para acusar o
outro de tudo. E até entender que não havia amor, vivi na expectativa de
que houvesse compreensão, onde não havia nada que me desse isso. Nem
amizade existe onde não há amor, o que dizer de convivência pacífica:
sempre haverá acusações sobre tudo. Melhor não dizer mais nada: o que
essa pessoa merece é a indiferença, pois quem não ama, quem não sabe
amar, não deve estar entre as primeiras pessoas que penso quando acordo.
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