segunda-feira, 28 de julho de 2014

Lições de sábado 143

Acordo sem luz às 8 da manhã. Faz frio e o dia sem eletricidade parece mais frio ainda. Leio jornal de ontem na claridade da janela, pois o de hoje não subiu de elevador. Então falta luz desde as 5 da manhã quando O Globo chega. Sem luz, sem internet, leio a coluna de Arnaldo Bloch dizendo que saiu de vez do Facebook. Eu aproveito e escrevo offline como um aviso me diz que posso fazer. Afinal tudo isso é temporário. Logo a luz volta e a vida continua. Mas o que aprendemos nesses momentos de intercessão entre a desconexão e a conexão só os grandes mestres ensinam: tudo recomeça depois de algum sofrimento. A vida tem sempre a capacidade de se regenerar. Nenhum mal dura dez anos, diz a personagem sorridente de "Tangos: o exílio de Gardel", um dos filmes que mais me impressionaram até hoje. "Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe". Os ditos nos servem de alavanca. "Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que eu levantarei o mundo", disse Arquimedes. São essas paradas, essas alavancas e esses pontos de apoio que levantam o mundo e nos fazem continuar quando o mundo torna a se mover.

27/07/2014 - 8h15



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