domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lições de sábado 191

Na vida, temos muitos amores. Ainda bem que podemos amar tantas pessoas. Encontrá-las é o que basta para começar a amá-las. Algumas surgem de surpresa, sem que esperemos conhecê-las. Outras já estão ali, sem que percebamos. Mas toda vez que conhecemos alguém importante, há um sinal para que prestemos atenção. Às vezes, é uma palavra, outras, é um gesto. Mas não deixamos de amá-las se não as vemos, porque continuam presentes em nós, como se as víssemos todos os dias. Algumas não vemos por muito tempo. E ao reencontrá-las é como se tivéssemos nos visto na véspera. E há outras em que nos vemos todos os dias por algum tempo. Depois elas se vão. Mas aquele período ficará gravado como um capítulo em nossas vidas. Inapagável. Há os que vêm e ficam, há os que vêm e se vão. Nada dura para sempre. Mas os amigos que ficam por mais tempo são os que temos o prazer de desfrutar de modo permanente. "Nada é mais extremo que a permanência", escrevi num poema. E nada se compara ao tempo que passamos com nosso amigo. Sobre isso já tinha lido em "O Profeta", de Khalil Gibran, sobre a Amizade. Sempre lembro das imagens que invocou para explicar a amizade. "Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais. Pois o que vós amais nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara, quando vista da planície". Amigos vêm e vão. Podemos conhecer mais pessoas, fazer mais amigos, mas aqueles que temos mais perto de nós nunca se afastarão.

8/02/2015 - 15h50


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