sábado, 14 de maio de 2016

Lições de sábado 245

Lendo sobre a guilhotina, e vendo fotos que tirei em Versailles em março de 2005, constato como o tempo une contradições e signos contrários. Aqui onde os Luíses de França viveram, onde o fausto e ostentação existiram, a débacle da Revolução Francesa, seguida da imperiosa ascensão de Napoleão, que só depois de Waterloo retomou seu curso, até a II Guerra Mundial, dividida entre a França do governo conivente e a Resistência, De Gaulle, Mitterrand, Sarkozy e agora Hollande, surge como símbolo deste país que serviu de exemplo para tantas nações, incluindo a nossa. A guilhotina foi usada até 1977 e desativada por Mitterrand em 1981, quase 200 anos depois de ter sido usada pela primeira vez, em 1792. Maria Antonieta, uma das mais célebres executadas, entrou na história da França pela porta da frente e morreu como herege. Lembra-me Leopoldina que se sacrificou pelo povo brasileiro, depois de dar-lhe um herdeiro e lutar pela Independência. Essas mulheres são sempre os pivôs de todas as mudanças cruciais na História da humanidade. Como uma coisa leva à outra, a Inconfidência Mineira, que aconteceu ao mesmo tempo que a Revolução Francesa, é a referência para todas as mudanças que aconteceram depois. Da França ao Brasil, a história continua. E, ao olhar por essas janelas, colocamo-nos no mesmo lugar desses Luíses, dessas rainhas que um dia governaram a França e olhamos para o horizonte, onde surgia o nosso Brasil.

6/11/2011


Nenhum comentário:

Postar um comentário