domingo, 12 de maio de 2019

Lições de sábado 357

Curioso como um livro pode mudar a vida de alguém e por causa disso a vida de outras pessoas. Como sempre, Shakespeare está no começo de tudo. Se não fosse um exemplar que pertenceu a certa Juliet Ashton, e ela escrever seu nome e endereço na folha de guarda do livro, Dawsey Adams, na ilha de Guernsey, entre a Inglaterra e a França, não teria entrado em contato com ela para perguntar sobre o livro, pedindo o endereço de uma livraria em Londres, já que não há livrarias na ilha onde ele vive (em 1946). O filme se baseia num romance histórico de Mary Ann Shaffer, que tem o mesmo título (traduzido errado) "Sociedade Literária e da Torta de Casca de Batata de Guernsey", mas muda completamente o desenrolar da história mantendo apenas o começo e fim iguais. Mesmo assim vale a pena assisti-lo. Filmes de guerra e pós-guerra são interessantíssimos por nos mostrar uma realidade que se passou há 80 anos, mas que ainda exerce um enorme fascínio. O filme me falou de várias coisas e ainda sobre Charles e Mary Lamb que resolveram escrever as peças de Shakespeare para crianças, transformando-as em contos, publicado em 1807. E ainda falar sobre as irmãs Brontë como se não fosse o assunto preferido de toda autora inglesa. Por tudo, vale o filme. Mas o livro tem outra história, que é tão boa quanto. A carta que ela escreve para Dawsey no final contém trechos que reconhecemos como nossos. Um livro pode transformar a vida de alguém (tive vários que mudaram a minha) e através de livros conhecer as pessoas que precisamos encontrar. 

12/05/2019 - 1h36


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