O que
compensa o cansaço é a satisfação de ter feito o que eu queria. Nunca
serei suficientemente grata por essa chance tão grande, essa
oportunidade tão especial de estar ali no dia em que Marília teria se
casado. No final do dia 30, fomos Leila Oli, Vitor Vogel e eu visitar o Museu da Inconfidência, e ao sairmos, soaram os sinos da Ave-Maria, às 6 horas da tarde. Estava cumprida nossa missão.
Encontramos professoras do Espírito Santo, que aproveitaram a leitura
que fizemos de duas liras diante dos túmulos de Marília e de Dirceu, uma
para cada um. Foi um momento mágico. Ali estávamos invocando a memória
de um dia que não houve como fora planejado, mas planejei homenageá-los
nesse dia, e consegui, mesmo pouco antes do museu fechar. Vi um exemplar
da 1a. edição de "Marília de Dirceu", de 1792, avaliado em US$ 40,000
exposto junto com todos os outros objetos relativos à Inconfidência.
Libertae quae sera tamen. Liberdade ainda que tardia. "Como tardou a
liberdade", diz Marília em suas liras. É preciso agora contar essa bela
história de amor, arrancada de seu âmago por vingança. A liberdade veio
pelas mãos de D. Pedro, em 1822, que Marília viu acontecer, mas muitos
dos inconfidentes, não. Tomás Antônio Gonzaga não viu. A vida seguiu e
hoje podemos contá-la, para que não se esqueçam dela.
2/06/2013
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