Há algum tempo aprendi que para conhecer
alguém é preciso tomar três xícaras de chá. Na primeira, somos uma
visita. Na segunda, somos um convidado de honra. E na terceira, fazemos
parte da família, por quem se faz qualquer coisa.
Assim sucedem os relacionamentos, em que é preciso ter tempo e espaço
para que as coisas aconteçam. A natureza não dá saltos. E ela é
seletiva. Como a xícara de chá é tomada aos poucos, conhecer alguém leva
tempo, o mesmo tempo entre semear e colher. As estações e as distâncias
servem para nos ensinar paciência, assim como os astros, em sua eterna
lentidão e mobilidade. Tudo está parado e se move. A poesia nos dá a
sensação de permanência. E só ela para nos dar certezas. Como a folha de
chá que nos aquece com sua infusão secular, uma tradição tão antiga
quanto a própria existência.
29/07/2013 - 00h14
29/07/2013 - 00h14
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