domingo, 26 de maio de 2013

Lições de sábado 67

Acho que muito do que fiz, aprendi lendo contos de fadas. A Cinderela perdia o sapatinho, que as irmãs malvadas queriam usar, a Branca de Neve adormecia engasgada com a maçã e o príncipe Felipe lutava contra a bruxa para salvar a Bela Adormecida, e todas as histórias terminavam com um suspiro de alívio depois de serem superados todos os perigos.

Os perigos do dia a dia nem se comparam a essas lendas e acrescentamos muitas outras para nos ajudar a entender como ultrapassar tantos obstáculos - o tempo todo nos deparamos com dragões alados, pessoas que viram monstros, mentiras de todo tipo para tentar nos enganar e, ao final, vencemos incólumes, depois de cada batalha.

Shakespeare sabia disso quando criou suas peças, e todos os dramaturgos tinham influência dos contos que ouviram na infância, além da mitologia, do teatro grego e todos os que os precederam criando histórias para nos tirar de apertos por analogia.

Aprendemos a lidar com problemas desde crianças, e nunca acaba o labirinto de Minos, mesmo com o novelo de Ariadne nas mãos. Dia a dia despertamos para um novo embate. E o que nos sustenta é a "lufada de esperança" para nos levar adiante, cruzar os mares, apesar dos monstros marinhos, ou seja, o que for que se interpuser em nosso caminho.

Seja "A princesa e a ervilha", "O gato de botas" ou "João Pé de Feijão", essas histórias alimentam a criança que somos para encontrar as saídas criativas a cada percalço. 

Assim será sempre - diante de qualquer espera, atraso, demanda, dúvida ou questão que surja à frente que iremos espantar com as lufadas de esperança que soprarão as velas do nosso barquinho.

25/05/2013 - 23h50

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